Todos, alunos e professores, sabemos que os testes podem ser uma verdadeira dor de cabeça! E os testes, o que pensarão eles disso?...

O TESTE AFLITO

 

Não se sabe bem quando ou onde, mas conta-se que a aflição das crianças (e não só) ao fazerem testes não é nada normal, pois quem tem mais medo dos testes são eles próprios. Sim, o teste tem medo de si próprio! E sabem porquê?

É isso que vos vou contar.

Num sítio desconhecido, a uma hora incerta, os meninos e meninas, de mochila às costas, preparavam-se para entrar na sala e fazer o teste de Língua Portuguesa. Não tinham medo, era só papel! Mas o papel tinha medo das palavras mal escritas, de margens riscadas, de canetas vermelhas, medonhas, as mais poderosas canetas... só mesmo as vermelhas, prontas a riscar qualquer erro, se armam em polícias! Essa é que é essa! Elas colocam grandes ”X” medonhos nos erros… é disso que têm medo, asseguro-vos.

Soube que certo dia, um teste teve medo de ser avaliado e fugiu. Os outros testes leram a sentença: “Testes assim só podem ser do António! Medonha, medonha, só a letra dele!” O teste vagueou, vagueou, até ao dia em que foi descoberto e lhe explicaram que as canetas vermelhas também marcam grandes “V”, colocando um grande sorriso na cara dos meninos e meninas, dos pais e dos professores. E assim, o teste foi avaliado.

Sabem que mais? Tanto medo, tanto medo e teve um EXCELENTE, o pobre coitado, registado bem no centro da sua cara, no cabeçalho!

Ana Rita, 7º2, Clube de Escrita Criativa