A força do Natal
Enviada pelo Pai Natal, vinha uma anjinha a lutar contra a neve e o vento desde lá longe, da Lapónia. O Pai Natal andava desconfiado, tinham-lhe chegado notícias a dizer que cá pela Europa o Natal não tinha sido posto de parte mas … estava a ser esquecido e escondido no meio de tristezas, problemas de dinheiro e fome.
A missão desta anjinha era descobrir se todas essas desgraças eram realidade.
Finalmente, chegou ao destino a nossa pobre aventureira. Piscou os olhos. Que espetáculo triste! Não havia um pinheirinho, uma única luz e de todas as casas se ouviam vozes, provavelmente destinadas às crianças, pronunciando frases como: “Este ano não há presentes.”
Como é possível estas pessoas estarem tão enganadas?! O Pai Natal e os seus ajudantes têm centenas de prendas preparadas para todas as crianças do mundo, sejam elas pobres ou ricas. O próprio Pai Natal não é rico, pelo contrário, é uma pessoa muito humilde, todas as prendas que vêm da sua casinha são feitas com o amor que ele tem pelas crianças e que é produzido e guardado em grandes quantidades durante todo o ano, até à época de Natal. Estas ideias bombardeavam a cabeça da anjinha, aterrorizada com toda a tristeza daquela gente.
De repente, ouviu alguém chorar. Fez-se luz nas suas asinhas que dispararam a grande velocidade. Espreitou pela janela. Um menino chorava ao lado do seu avô, que tentava conter as lágrimas. Decidiu entrar naquela modesta casa. Ao vê-la, o menino limpou as lágrimas e correu até ela, porém só o avô teve coragem de falar:
- Anjinha, que fazes tu aqui?
- Fui enviada pelo Pai Natal para ver o que está a acontecer aqui nesta terra. Porque choram?
Foi o menino quem falou, já mais confiante:
- Estou triste, este ano, não vai haver ceia de Natal, nem presentes e no fundo não vai haver felicidade.
- Não podemos deixar que isso aconteça! - e a anjinha continuou- Vamos, vamos dizer a todos que se nos ajudarmos uns aos outros podemos conseguir e nunca esquecer o Natal!
E assim foi, no dia 24 todos se reuniram na igreja, cada um trouxe o que podia, o padre, vestido com a sua opa branca, rezou a missa do galo e à mesma hora, meia-noite em ponto, num trenó, no céu iluminado pelas estrelas que guiam as renas no seu caminho por todo o mundo, chegou o Pai Natal. Sentou-se à mesa e distribuiu as prendas, como irá fazer sempre enquanto acreditarmos nele.
Bárbara, 6º6
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