Histats

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Era uma vez uma borboleta



Nós demos o início, vocês continuaram...

Era uma vez uma borboleta que vivia num país de campos verdes e floridos. Certo dia, ela resolveu voar sobre um riacho e mirar-se nas águas límpidas. O que viu deixou-a profundamente assustada: tinha-se transformado numa menina bonita, com cabelo loiro, um vestido de todas as cores, mas tinha um problema: ainda tinha as asas. Isto para ela era muito estranho, com tantos anos a observar os humanos, tinha a certeza de que eles não tinham asas! E conhecia uma amiga borboleta que já se tinha transformado numa menina há muito tempo e também não tinha asas… Decidiu ir falar com ela.

- Olha, como é que tu não tens asas?

- Eu fui pedir ajuda à bruxa da loja dos donuts, que é uma especialista em feitiços… e em donuts, claro!

- E onde fica essa loja?

- Fica ali, é perto daquela barraca de cachorros. Mas cuidado, há muitas armadilhas que tens de enfrentar. Uma é o sol muito quente, outra é o alcatrão da estrada muito pegajoso e, a última, um buraco que aparece do nada. Para conseguires ultrapassar esse buraco tens de ter um coração muito forte!

Ok, obrigada!

E lá foi ela! Tal como a menina lhe tinha dito, em primeiro lugar deparou-se com um sol escaldante, estavam quase 50 graus celsius, mas com muita resistência ela conseguiu suportá-los. Depois veio o alcatrão, tão pegajoso que pôs um pé e decidiu que era melhor usar as asas, mas quando aterrou…. PUUUMMMM! Um buraco no meio do nada, e ela a afundar-se, mas usou as asas e voou. Depois, quando finalmente entrou na loja, viu a bruxa e disse-lhe:

- Olhe, senhora Bruxa, pode-me tirar as asas?

- Mas tu precisas dessas asas, sabias?

- Não!... Porquê?

- Já viste que as usaste para saltar o terreno pegajoso e para não caíres no buraco!

- É verdade, estas asas até me dão muito jeito! Olhe, então esqueça o que lhe disse, vou mas é desfrutar do facto de ter asas! E obrigada, Senhora Bruxa!

- Não tem de quê!

Por vezes, aquilo que mais desejamos pode não ser a coisa certa, só temos de tirar os benefícios possíveis de termos o que temos.

Guilherme, 5º3

3 comentários:

Anónimo disse...

Já tardava o regresso à/da imaginação!
Ainda bem que houve retoma, e asas para novos voos!
Parabéns e FORÇA!

Na Onda da Escrita disse...

Uma pausa, apenas, aqui, que a imaginação manteve-se! Obrigada!

Anónimo disse...

ganda gimeme, isso é que é escrever. beijo do tio