Era uma vez
um pobre camponês que vivia sozinho numa aldeia, muito longe de tudo.
Esse camponês,
além de pobre, não tinha amigos, esposa, filhos ou qualquer tipo de familiares.
Era pobre, só e triste. Sonhava ser feliz ao lado de quem o amasse e tratasse
dele.
Certo dia,
andava ele na sua horta, a plantar uns legumes, quando de repente, sem se
aperceber muito bem como, o seu burro começou a falar. Para espanto do camponês,
o burro disse-lhe que se quisesse encontrar o seu amor tinha que lutar por ele,
não podia ficar à espera que ele aparecesse. O camponês perguntou o que é que
podia fazer para o encontrar e o burro respondeu-lhe:
- O teu amor
está no cimo da montanha, na cidade perdida. Lá só vivem raparigas e todas elas
estão à espera de serem salvas.
O camponês
arranjou um saco com comida para alguns dias e partiu. Pelo caminho, teve que
superar diversos obstáculos, mas o pior deles eram as feiticeiras da floresta
encantada. O burro avisou-o de que ele não lhes podia dar ouvidos porque a voz
delas enfeitiçava quem parasse para as ouvir. A muito custo, atravessou a
floresta e saiu ileso.
Finalmente,
António chegou à cidade perdida, no cimo da montanha. A cidade era rodeada por
heras gigantes, as quais davam à cidade um ar abandonado. O camponês entrou na
cidade mas, mal o fez, o feiticeiro que a guardava apareceu e perguntou-lhe o
que queria.
- Venho
buscar o meu amor! - disse o camponês.
- Ah! Ah! Daqui
ninguém leva nada! A não ser que passes no meu teste...
- E qual é o
teu teste?
- Tens de
passar o labirinto do Dragão.
- Do dragão?!
- assustou-se o camponês.
- Sim, só
assim poderás levar daqui o teu amor!
António não
desistiu e encaminhou-se para o labirinto do dragão. A cada esquina dava de
caras com uma armadilha e, quase sem forças, arrastou-se com esforço. Então
apareceu o seu burro com um líquido mágico para ele beber. O camponês, mal
acabou de beber, ganhou novas forças e venceu o dragão.
De seguida,
foi ter com o feiticeiro e exigiu o seu amor. O feiticeiro foi fiel à sua
palavra e deu-lhe a escolher uma das muitas mulheres que ali habitavam. Ele
escolheu a mais formosa e logo ali se casaram. Ainda hoje são muito felizes ao
lado um do outro e do seu burro.
Alexandra, 6º6
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