Era uma vez um pobre camponês que vivia sozinho numa pequena casa no meio do campo. Alimentava-se do que a terra lhe dava. Não queria ser rico, precisava apenas de uma companhia para ser feliz.
Uma noite, enquanto dormia, sonhou que encontrava um animal mágico e que até falava.
No dia seguinte, pegou na sua sacola e decidiu partir à procura do seu animal imaginário.
Depois de alguns dias de caminhada, avistou uma densa floresta. Resolveu avançar, mas logo se sentiu perdido ao ver-se rodeado de tantas e tão grandes árvores coladas umas às outras, quase sem espaço para passar. Com alguma dificuldade, lá foi andando, até que quase chocou com um aventureiro que, tal como ele, tinha partido sem rumo. Certo é que lhe disse:
- Homem, para lá deste denso bosque só encontras montes e mares intransponíveis. Não vais chegar a lado nenhum!
O pobre camponês não lhe deu ouvidos e seguiu em frente. Depois de muitos dias a caminhar por montes, vales e mares chegou a uma ilha que lhe pareceu deserta. Exausto da viagem, procurou comida e um sítio para descansar. Adormeceu, mas pouco tempo depois acordou com o som ensurdecedor da voz de um gigante que apareceu à sua frente e que o fez prisioneiro.
O pobre camponês, atado a uma árvore, pensando que ia ser engolido pelo gigante, ouviu ao longe alguém a dizer-lhe:
- Não desesperes, vais sair daqui…
Já sem , olhou para o céu, viu uma linda ave brilhante e perguntou-lhe:
- Foste tu que falaste?
- Sim, sou eu o animal mágico do teu sonho. Vou ser a tua companhia para o resto da tua vida.
- Mas… se eu não vou sair daqui vivo…
- Não te preocupes, eu própria, com os meus poderes mágicos, te vou salvar das garras do gigante.
E assim foi. Enquanto o gigante dormia, o velho camponês conseguiu soltar-se das cordas com a ajuda do amigo aventureiro que a ave também tinha trazido consigo. Conduzidos pela ave mágica, encontraram o caminho de regresso a casa.
O pobre camponês, apesar de continuar a ser pobre, nunca mais esteve sozinho. Para além do amigo aventureiro, sabia que junto a si iria estar sempre o seu animal mágico.
Rodrigo Rosa, 6º8
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