Era uma vez o Carnaval - Parte IV

Ana pegou no livro e procurou uma imagem que mostrava os caretos e disse:

- Desejamos ser transportados para aqui.

Nesse momento o armário mágico pôs-se a girar, uma rajada de vento soprou e num segundo chegaram ao sítio pretendido.

Estavam vestidos normalmente, será que o Carnaval já tinha acabado? Puderam verificar que não, quando saíram do armário mágico e se juntaram às pessoas que assistiam ao desfile de um grupo de caretos.

- Que sorte, olha um grupo de caretos! Nem sempre se consegue ver uns assim, caretos ao vivo! – disse Ana.

- Lembras-te de o avô, que era de Bragança, nos contar muitas coisas sobre os caretos?

- Claro que sim!

Pedro, entusiasmado, começou a falar:

- Ele costumava dizer-nos que as origens do Carnaval são muito antigas e estão relacionadas com as antigas festas da natureza e com a destruição pelo fogo de figuras maléficas. Esta tradição dos caretos também é muito antiga: numa cerimónia pública, os mascarados “chocalham” as mulheres que se atrevem a sair à rua.

- Já reparaste nas máscaras? São feias, antigas e fazem com que ninguém reconheça as pessoas mascaradas. E os fatos são de cor vermelha, verde e amarela.

- É verdade, estou a gostar muito desta maneira de festejar o Carnaval, ficamos mais um bocado?

- Sim, mas não te esqueças de que não temos muito tempo!

Ficaram a ver os caretos desfilar e quando chegaram ao armário mágico pegaram no livro, foram à segunda folha e viram o Carnaval de Veneza. Folhearam todas as páginas e lembraram-se dos bons momentos que tinham passado e de tudo o que tinham aprendido. De seguida, voltaram à primeira página e Pedro pôs o indicador em cima da imagem que mostrava o bosque onde se situava a sua casa e disse:

- Desejamos ser transportados para aqui.

Nesse momento, o armário mágico pôs-se a girar, soprou uma rajada de vento e num segundo chegaram ao sítio pretendido. Estavam, finalmente, em casa.

Bárbara, Catarina, Pedro e Ricardo, 5º6